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Escola Internacional de Energia Solar 2016 lota auditório da UnB

Evento é realizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável


Em pleno período de férias acadêmicas, a segunda edição da Escola Internacional de Energia Solar lotou o auditório da Faculdade de Tecnologia (FT) da Universidade de Brasília. Em pauta estão osDesafios globais e oportunidades em energia solar, palestra ministrada por Cédric Philibert, da Agência Internacional de Energia (IEA); Os desafios da geração de energia no Brasil e o papel da energia solar, por Cristiano Augusto Trein, do Ministério de Minas e Energia; Recurso solar em território brasileiro, por Chigueru Tiba, da Universidade Federal de Pernambuco.


Evento é realizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (Júlio Minasi/Secom UnB)

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O professor da FT Mário de Siqueira, coordenador da Escola Internacional de Energia Solar, ressaltou que a presença de tantos alunos, professores e pesquisadores no evento é muito importante. “É muito bom ver esse interesse e essa plateia que temos aqui. Precisamos disso para formar pessoas e manter a chama acesa, porque é muito difícil sair da inércia e fazer acontecer. Não podemos deixar o sol de fora da nossa matriz energética", afirmou Siqueira.

Segundo Antônio Brasil, diretor da Faculdade de Tecnologia, a FT está muito orgulhosa por sediar essa semana de debates, receber palestrantes brasileiros e internacionais, e alunos da UnB e de outras universidades do país. “Temos 90 profissionais e 270 inscritos. Isso tem consequências de futuro e de presente muito importantes. Toda essa ação de formação com diferentes parceiros faz com que essa temática comece a estabelecer uma maturidade,” avalia.

O gerente da área de pesquisa da empresa Furnas Centrais Elétricas, Nelson Araújo, elogiou a iniciativa da Escola Internacional de Energia Solar, que é uma parceria entre a Universidade de Brasília, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. “Quero agradecer à UnB pela oportunidade de fazer essa capacitação, tanto de alunos como de profissionais, com os players de mercado envolvidos diretamente. Essa aproximação do mercado com a academia é o que realmente faz o diferencial dessa Escola,” acredita Araújo.

Kordula Malhlhart, primeira conselheira da Embaixada da Alemanha, contou brevemente a experiência desse país na adoção da energia solar em sua matriz energética, e fez comparações com o Brasil. “Na Alemanha, com a decisão de abdicar da energia nuclear, foi necessário, em curto prazo, reformar todo o abastecimento de energia e nos voltar para as fontes renováveis. Em pouco tempo, e em condições bem mais difíceis que aqui no Brasil, conseguimos aumentar significativamente a participação de energias renováveis, especialmente a energia solar, na matriz,” afirmou, ao reforçar que esse foi um projeto que recebeu grande apoio da sociedade alemã.


Júlio Minasi/Secom UnB


Kordula Malhlhart falou sobre a experiência da Alemanha ao adotar a energia solar em sua matriz energética e fez comparações com o Brasil


“Mas, certamente, na Alemanha não dispomos do privilegiado potencial natural do Brasil, que no passado, sem o uso solar, tornou possível que cerca de 80% da produção energética do país já fosse de energias renováveis”, concluiu Kordula Malhlhart.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (CREA-DF), Flávio Correia, considera que capacitar profissionais na área é imprescindível. “É uma grande oportunidade de trabalho que se abrirá nos próximos anos no Brasil. Hoje, o maior complexo do mundo, localizado na Califórnia (EUA), é cem vezes maior que a usina instalada em Tubarão (SC), que tem capacidade instalada de 3 megawatts (MW). A previsão é que a energia solar no nosso país chegue, em 2023, a um total de 195 mil MW”, lembra.

Correia avalia a parceria entre a Alemanha e a Escola Internacional de Energia Solar como fundamental, por se tratar de um país cuja geração de energia renovável já supera 25 mil megawatts e é referência mundial no assunto. “Nos colocamos à disposição para, com todos aqui envolvidos, lutarmos para que a energia solar se consolide e para termos, em Brasília e no Brasil, uma energia limpa e sustentável, com custos acessíveis,” afirmou o presidente do CREA-DF.

O secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, André Lima, também usou Brasília como exemplo para impulsionar a adoção da energia solar fotovoltaica no país. Segundo ele, a capital federal é hoje totalmente dependente de hidrelétricas e é necessário diversificar a matriz. “Há estudos consistentes que mostram que essa dependência nos torna vulneráveis. Criamos um grupo de trabalho, chamado Brasília Solar, com o desafio de buscar acelerar esse processo. Começamos a debater a possibilidade de incentivos tributários para quem utilizar essa energia”, contou Lima, que, na sequência, propôs uma terceira edição para a Escola Internacional de Energia Solar.


Júlio Minasi/Secom UnB
Emerson F. Tormann participa da ISSE 2016
Alunos, professores e pesquisadores de Brasília e de outros estados vieram à UnB prestigiar palestrantes brasileiros e estrangeiros da Escola Internacional de Energia Solar


Para o reitor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, o Brasil precisa investir nessa fonte de energia como política de Estado. "A UnB também tem que servir como exemplo. Será preciso instalar muitos painéis solares para o nosso consumo interno, mas a curva de carga da Universidade e a curva de geração dos painéis solares são muito parecidas. Em 2016, temos um orçamento de R$ 20 milhões liberado pela bancada do Distrito Federal para a instalação de painéis solares na UnB. A liberação desse dinheiro seria um passo muito importante”, declarou Camargo.



» 1ª Escola Internacional de Energia Solar será na UnB


ESCOLA – A Escola Internacional de Energia Solar – International School on Solar Energy (ISSE) – tem parcerias importantes com universidades, companhias de energia, indústrias, agências internacionais e agências governamentais. A segunda edição do evento, que vai até esta sexta-feira (4), tem por objetivo explorar desafios tecnológicos na conversão de energia solar no contexto de sistemas fotovoltaicos e sistemas heliotérmicos. Casos de sucesso na implementação de sistemas de aproveitamento de energia solar serão apresentados junto a palestras ministradas em inglês e em português.


Fonte: Marcela D´Alessandro - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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