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G20 subsidia mais energia poluente, diz relatório

Segundo estudo, grupo gasta US$633 bi ao ano


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Os países do G20 gastam três vezes mais com subsídios a combustíveis poluentes (petróleo, gás e carvão) do que os recursos para energia renovável e, como tal, limpa.

Segundo relatório divulgado nesta quinta (12) pelo centro de pesquisas Oil Change International e pela entidade humanitária Overseas Development Institute, ambos do Reino Unido, o gasto total com subsídio a atividades poluidoras chega a US$ 633 bilhões (R$ 2,3 trilhões).

O Brasil, por exemplo, emprega US$ 7 bilhões (R$ 26,4 bilhões) ao ano, em média, nesse tipo de subsídio.

“Evidências apontam para o financiamento público para algumas das companhias mais poluidoras e que são mais intensivas no uso de carvão”, diz o relatório.

Divulgado na antevéspera da cúpula do G20, que começa domingo, 15, em Antalya, no Mediterrâneo turco,o documento provocou furor entre ambientalistas, que se mobilizaram para pedir que as grandes economias adotem, na reunião, compromissos que permitam o êxito conferência sobre o clima que ocorre no fim do ano em Paris.

O documento mostra que a pressão é necessária, mas as discussões entre as partes indicam que pode ser inútil. Começa pelo fato de John Kerry, secretário norte-americano de Estado, praticamente ter congelado as expectativas sobre Paris ao dizer ao “Financial Times” que o resultado da reunião parisiense não seria vinculante.

Tradução:embora mais de cem países já tenham assumido compromissos para reduzir a emissão de gases que provocam o aquecimento global, cumprir tais compromissos não será obrigatório.

Segundo Kerry, de Paris não sairá um tratado, o que reduz a importância de um encontro que vem sendo apresentado como a última chance de o planeta adotar medidas para evitar que o aquecimento global supere, até o final do século, 2°C — teto a partir do qual se preveem catástrofes ambientais.

Outro relatório é mais animador para o G20, mas não para o Brasil: a ONG Transparência Climática informa que as emissões de gases-estufa caíram em 11 países do grupo. Mas, no Brasil, bem como em outros países densamente povoados como China e Índia, aumentaram.

Por isso, entidades ambientalistas reunidas na Turquia (mas não em Antalya, blindada) tentam influenciar os líderes do G20 a discutirem um tema que não está na agenda normal do grupo.

Fonte: Folha de S. Paulo
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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