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Lâmpadas de LED vão ganhando as avenidas

Lâmpadas de LED vão ganhando as avenidas - Brasília / DF


Considerada essencial para o bem estar da população local e também para sua segurança, a iluminação pública nas cidades brasileiras passou há pouco tempo a ser responsabilidade das prefeituras. Para pagar a conta de fornecimento de energia elétrica, manutenção das luminárias e lâmpadas e expansão das redes, os governos municipais contam com a Contribuição de Iluminação Pública (CIP) cobrada de moradores e empresas sediadas no município.

Algumas cidades conseguem, pelo menos de acordo com os dados oficiais, correr para consertar falhas na iluminação de ruas e praças. É o caso, por exemplo, de Campina Grande, na Paraíba. Com 35 mil pontos de iluminação pública, em 95% ou 97% dos casos o serviço da prefeitura consegue substituir ou reparar problemas na iluminação em até 48 horas.

No Rio de Janeiro, onde há 450 mil pontos de iluminação, o prazo estabelecido para fazer os consertos é de 24 horas, o que acontece em 80% das vezes. O restante é feito em até 72 horas. Já em Curitiba, cidade muitas vezes considerada modelo e onde há 160 mil pontos, o prazo se estende muito: uma lâmpada queimada ou um poste abatido por um veículo, por exemplo, levam entre 7 e 24 dias para voltar a fornecer luz.

Campina Grande arrecada entre R$ 1,3 milhão e R$ 1,4 milhão com a CIP todos os meses. Desse total, consegue investir, depois do pagamento das contas, de R$ 600 mil a R$ 700 mil por mês. Cerca de 4% dos pontos da cidade já são providos com lâmpadas LED.

Apesar de uma luminária com LED custar entre três e cinco vezes mais do que uma comum, a economia que representa compensa. E o investimento é pago em pouco tempo. A intenção, diz o secretário de obras André Agra, é ter 30% da cidade iluminada dessa forma daqui a cinco anos. "A tecnologia vai ficar mais acessível e contamos com a baixa do dólar", afirma. Com a disputa no mercado, há queda de cerca de 30% e 40% nas licitações para novas obras.

Com superávit, decidiu-se que não era interessante para a cidade fazer uma parceria público-privada (PPP) para modernizar seu parque de iluminação pública. "Chegamos à conclusão de que em cinco anos conseguiríamos, com recursos próprios e sem nos endividarmos, fazer isso", afirma Agra.

Já em Cuiabá, a prefeitura acerta uma PPP para a troca das lâmpadas de vapor de mercúrio ou metálico pela LED. Ela deve começar em março de 2016. Atualmente a cidade gasta R$ 1,5 milhão por mês, de uma arrecadação de R$ 3 milhões, com a energia elétrica necessária para iluminar suas ruas e praças.

O uso das lâmpadas LED pode levar a uma economia de 50% desse valor. "Para usar tecnologia mais avançada, não teríamos condições de fazer esse investimento, que inicialmente superaria R$ 80 milhões a R$ 100 milhões em três anos", diz José Roberto Stopa, secretário de serviços urbanos do município.

Na capital paranaense, a prefeitura arrecadou em 2014 R$ 69 milhões com a contribuição. Desse total, R$ 30 milhões foram para pagar o fornecimento de eletricidade. O restante, como nas outras cidades, é aplicado na manutenção e na expansão da rede. Este ano, a previsão é de que a arrecadação chegue a R$ 79 mil, mas os gastos devem ser divididos meio a meio entre energia elétrica e os reparos.

A conta de energia vem subindo e o vandalismo com a rede pública vem aumentando muito. A prefeitura assim terá menos recursos para aplicar na expansão e modernização, diz Fabio Ribeiro de Camargo, diretor de iluminação pública de Curitiba. Só em manutenção, empregam-se R$ 7,5 milhões por ano. A ampliação da rede em novos conjuntos habitacionais, por exemplo, neste ano deve demandar até R$ 2 milhões.

O plano de investimento elaborado por Camargo, para 2015 e 2016, abrange 11 diretrizes, onde serão investidos R$ 91,6 milhões.

A CIP gera aproximadamente de R$ 240 milhões por ano para o Rio de Janeiro, dos quais a prefeitura consegue investir R$ 40 milhões para modernizar os pontos existentes e expandir a rede. A conta da eletricidade, como para outros, vem causando revolta. A cidade pagava R$ 10 milhões por mês no início do ano. Hoje, são R$ 17 milhões. "É um absurdo", reclama Julio Morandi, engenheiro e chefe de gabinete da Rioluz, Companhia Municipal de Energia e Luz.

Já foram instaladas cerca de 4 mil pontos de lâmpadas LED. O foco está em túneis. Dos 19 existentes na cidade, três contam com a nova lâmpada, e as obras em outros três estão em execução. No curto prazo, o objetivo é melhorar a iluminação em áreas como a da Olimpíada, locais de afluxo turístico e praias.

Fonte: Valor Econômico
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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