MTEC Energia

Usina de Uruguaiana interrompe operação



A operação da termelétrica de Uruguaiana, da AES Brasil, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, está interrompida desde o fim de maio. O motivo, segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME), é a indisponibilidade da malha dutoviária do país vizinho para o transporte do gás natural para a usina.

"Com a aproximação do inverno, o consumo interno de gás natural na Argentina fica mais elevado em função do aumento da demanda por calefação. Nesse sentido, a disponibilidade da malha de gás foi gradativamente interrompida, o que levou à interrupção do fornecimento no mês de maio", informou o ministério, ao Valor.

Conforme antecipado na sexta-feira pelo Valor, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a termelétrica está sem produzir energia desde 30 de maio, por falta de combustível.

O acionamento de Uruguaiana foi determinado em fevereiro, pelo governo, em caráter temporário e interruptível, para ampliar a segurança do suprimento de energia no país. Na época, o sistema atravessava o momento mais crítico da crise energética, quando o risco de déficit para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, havia alcançado 11,1%, pelo cálculo tradicional. Hoje, com a desaceleração do crescimento do consumo de energia, motivada pelo desaquecimento da economia, o risco de desabastecimento de em 2015 é praticamente nulo.

Devido a logística complexa para a entrega de gás para Uruguaiana, os detalhes da operação foram negociados em âmbito governamental entre Brasil e Argentina. Por falta de rede própria no país, a usina era abastecida por gás natural liquefeito importado pelo Brasil, mas entregue em terminais argentinos, por onde o combustível seguia por dutos até a térmica.

"Nos termos estabelecidos, o suprimento ocorreria por prazo previamente definido e dependeria, entre outros fatores, da disponibilidade da infraestrutura na Argentina para o transporte do gás natural até a fronteira com o Brasil", explicou o MME.

A AES Brasil informou ao Valor que a empresa trabalha para retomar a operação da usina em setembro. A térmica tem 640 megawatts (MW) de capacidade instalada, mas estava operando este ano na faixa de 240 MW.

Este foi o terceiro ano seguido em que o governo acionou a térmica, devido à situação crítica do nível dos reservatórios hidrelétricos.

Fonte: Valor
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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