MTEC Energia

Investimento global em energia limpa cai 23% no 1º semestre



O investimento global em energia renovável caiu 23 por cento no primeiro semestre deste ano em meio ao declínio do custo de instalação de painéis solares e à pausa no ritmo de gastos da China.

Os setores de energia eólica e solar, entre outros, atraíram US$ 116,4 bilhões nos dois primeiros trimestres do ano, incluindo US$ 61,5 bilhões no segundo trimestre, segundo a Bloomberg New Energy Finance, empresa de pesquisa com sede em Londres que monitora os investimentos. A firma também revisou para cima o total de 2015 em quase US$ 20 bilhões, para um recorde de US$ 348,5 bilhões.

"Agora parece quase certo que o investimento global total para este ano não igualará o enorme recorde de 2015", disse Michael Liebreich, fundador da Bloomberg New Energy Finance.

Os painéis fotovoltaicos mais baratos e os custos de financiamento menores reduziram as necessidades de gasto de capital das desenvolvedoras, enquanto as instalações da tecnologia atingiram um recorde. A BNEF disse também que houve uma mudança em direção a mais projetos em escala de rede pública e um distanciamento em relação às instalações de menor escala, o que explica as revisões dos dados de 2015.

O rápido aumento dos investimentos no ano passado coincidiu com a assinatura de um acordo histórico em Paris, envolvendo quase 200 países, para frear a emissão de combustíveis fósseis, vilã do aquecimento global.

A Europa e o Brasil foram as únicas regiões a registrarem aumento de investimento no primeiro semestre deste ano, sendo que os 4 por cento de ganho da Europa foram impulsionados pelo fato de uma série de grandes projetos eólicos offshore terem atingido fechamento financeiro.

Em contrapartida, os investimentos da China caíram 34 por cento, para US$ 33,7 bilhões, em parte porque em 2015 os investimentos eólicos e solares foram maiores do que se pensava. A demanda menor por energia e as mudanças na política do governo também frearam os investimentos no país asiático, disse Liebreich.

No Oriente Médio e na África, o investimento caiu 46 por cento, para US$ 4,2 bilhões, e nos EUA teve um declínio de 5 por cento, para US$ 23,1 bilhões.

Fonte: Bloomberg
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

Postagem Anterior Próxima Postagem