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Aneel mantém bandeira vermelha para novembro


Sistema representa a existência de condições mais adversas para a geração elétrica e implica acréscimo de R$ 4,50 para cada 100 kWh consumidos nos estados, exceto Amapá e Roraima


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira que a bandeira tarifária válida para o mês de novembro continuará sendo de cor vermelha. A bandeira vermelha implica acréscimo de R$ 4,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos em todos os estados, exceto Amapá e Roraima, que ainda não estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Desde o início do ano, o custo de energia está mais caro para o consumidor. A bandeira vermelha representa a existência de condições mais adversas para a geração elétrica no País. Há ainda a bandeira amarela, quando a cobrança adicional é de R$ 2,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, e a bandeira verde, sem custo adicional.

O sistema de bandeiras tarifárias, implementado com o intuito de alertar o consumidor a respeito do custo corrente de geração, além de dividir com ele esse custo, já passou por duas correções de valores desde o início do ano. O valor adicional cobrado na bandeira vermelha foi estabelecido inicialmente em R$ 3 para cada 100 kWh. A partir de março, três meses depois do início da cobrança, o preço foi elevado para R$ 5,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos com bandeira vermelha. Em setembro, o valor implícito na bandeira vermelha caiu para R$ 4,50 a cada 100 kWh consumidos.

Consumo

O consumo de energia elétrica no País recuou 2,7% no terceiro trimestre, em comparação com o igual período de 2014. Os dados foram divulgados na sexta-feira, no balanço da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Nas residências, o consumo médio é o pior em dez anos - houve queda de 1,9% na intensidade média do consumo doméstico.

No trimestre, o consumo residencial caiu 2,7%, ante o terceiro trimestre de 2014. Na comparação mensal de setembro, o recuo foi de 1,7%, o pior do ano, impactado pela menor demanda no Sul e Sudeste.

"O agravamento das condições de emprego e renda e o crédito mais restrito, conjugados ao reajuste elevado das tarifas de energia elétrica, têm contribuído para o recuo do consumo de energia", informa o boletim da EPE. A indústria foi o segmento que teve a maior queda trimestral, de 5,3% em relação a 2014. Na variação mensal, em setembro, o consumo no País recuou 3,1%. De acordo com a EPE, a queda no consumo industrial de energia chegou a 6,3% em setembro, na comparação com o mesmo de 2014 - a maior queda registrada neste ano.

Principal segmento consumidor de energia, a siderurgia registrou queda de 11,7% na demanda por energia elétrica. Porém, a maior retração foi identificada no segmento de indústria automotiva, com queda de 14,2%. Ao todo, o consumo industrial atingiu um total de 14.025 GWh, ante um consumo total no País de 37.701 GWh.

O resultado é reflexo do "fraco desempenho generalizado, sem sinais de melhorias sustentadas no curto prazo" da indústria, segundo a EPE. "O cenário recessivo com altas taxas de juros, custos elevados e mercado interno enfraquecido ajuda a explicar esse quadro", informa a resenha mensal divulgada pela Empresa.

"O cenário adverso se manteve para a maior parte dos segmentos industriais, denotado pelo fato que, dentre os dez que mais demandam energia elétrica, apenas o de extração de minerais metálicos evidenciou progresso no mês, de 8,9%", completa o relatório da EPE.

Também houve queda no consumo de energia no segmento comercial tanto na comparação mensal quanto na comparação trimestral. No segmento comercial, a queda foi de 0,8% em setembro, ante o igual mês de 2014. No trimestre, a queda foi de 0,1%.

Fonte: Jornal do Commercio (RJ)
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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