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Governo assegurou apoio do BNDES a eólicas, diz setor

Silvia Costanti/Valor
Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica: financiamento do BNDES
foi “uma sinalização importante” da presidente


Os investidores em energia eólica receberam uma garantia do governo de que a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento de projetos do setor continuará em até 70% do valor total do investimento. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, em rápidas conversas com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e com a presidente Dilma Rousseff, ambos reafirmaram a disponibilidade de recursos do banco para empreendimentos eólicos.

"Braga reafirmou a disponibilidade de recursos para projetos eólicos nos leilões, nas mesmas condições. E a presidente Dilma assegurou que haverá recursos do BNDES para o setor. Foi uma sinalização importante da presidente da República", disse Elbia ao Valor.

Em reportagem publicada esta semana, o Valor informou que executivos do setor apontam que, neste ano, o financiamento do banco estatal para projetos eólicos dificilmente tem superado os 50%. "Disse a Dilma que o mercado estava desconfiado com relação às condições de financiamento", afirmou a executiva.

Elbia elogiou o Plano de Investimentos em Energia Elétrica (PIEE), lançado pelo governo federal. Segundo ela, o plano garante mais previsibilidade aos investidores. "O setor de infraestrutura reclama que o governo não faz um planejamento adequado e que não dá um sinal de longo prazo. Agora o governo está dizendo o que vai fazer, quando e como. Nesse momento de incertezas, esse sinal é importante para o mercado", afirmou. De acordo com o plano de investimentos para o setor, está prevista a contratação de uma capacidade instalada de eólicas de 4 mil megawatts (MW) a 6 mil MW entre 2015 e 2018.

Elbia também elogiou as previsões fornecidas pelo governo para o setor de transmissão de energia, um dos gargalos para o desenvolvimento de novas eólicas no país. "Transmissão é uma ansiedade da indústria eólica. O governo colocou datas para os leilões de transmissão", disse.

Sobre o próximo leilão de energia, do tipo A-3, que negociará contratos para início de fornecimento em 2018, Elbia não prevê um volume significativo de contratação, porque a demanda prevista para o leilão é relativamente pequena e o preço-teto, de R$ 184 por megawatt-hora (MWh), não é muito atrativo.

Fonte: Valor
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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