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Como se beneficiar da nuvem em tempos de crise energética?


Desde meados do ano passado, especialistas do setor elétrico já afirmavam que o nosso país poderia ficar no “escuro”. Infelizmente, essa projeção tornou-se realidade, e agora passamos por uma intensa crise energética. Com isso, surge o potencial risco da temida “falta de energia”, além do drástico aumento no seu custo. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as tarifas deverão subir cerca de 53% em 2015. Para os economistas, esse é um momento de muita atenção. Não apenas a população deve empregar esforços para minimizar o consumo de energia elétrica, mas também o setor corporativo. E visando a redução de custos, a mitigação de riscos e a proteção de seus sistemas, as empresas estão adotando o modelo de cloud computing para o armazenamento de dados. A seguir, descubra como essa solução pode gerar benefícios para o seu negócio em tempos de crise energética.

Saem os data centers e entra a cloud computing
As empresas, independentemente de seu porte ou setor, estão sendo pressionadas para reduzirem o seu consumo de energia elétrica nos próximos meses. E para cumprirem as metas de eficiência energética, os gestores estão adotando inúmeras soluções, como a troca dos sistemas de iluminação tradicionais por modelos gerenciados com LEDs, substituição dos sistemas de ar condicionado antigos por modernos que consomem pouca energia e atualização dos equipamentos obsoletos por modelos eficientes. E de acordo com uma pesquisa realizada pela IDC Brasil, a crise elétrica poderá acelerar a renovação do parque tecnológico. Além disso, ela prevê uma busca crescente e acentuada por tecnologias que garantam mais eficiência energética.

E segundo Pietro Delai, gerente de pesquisa e consultoria corporativa da empresa, os gestores buscarão tecnologias mais modernas. “O cenário é uma oportunidade para os fabricantes, pois existe a possibilidade iminente de troca do parque tecnológico”, afirmou. Ele também acredita que haverá um aumento significativo da procura pela cloud computing, prevendo um salto de 50% na adoção do modelo de nuvem pública nesse ano. “Nuvem significa compartilhamento de recursos, algo que favorece os custos e a otimização dos ativos”, observa. Por isso, no setor de TI das empresas, haverá uma drástica substituição dos data centers pela nuvem para o armazenamento dos sistema de missão crítica. A terceirização dos servidores físicos, bem como a criação de nuvens híbridas para o compartilhamento dos riscos, será a principal meta das empresas nesse ano.

A relação entre nuvem e eficiência energética
As soluções para minimizar a crise energética, como o uso de usinas termoelétricas, refletem diretamente no custo das tarifas de energia, que cresce continuamente, desde 2013. Segundo dados do Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), a previsão é de que haja um aumento de 87,6% no custo da energia para a indústria, no período entre 2013 e 2016. E essa crise continuará pelos próximos três anos, com prováveis racionamentos e apagões. E com isso, todos os setores dependentes de tecnologia da informação ficam sujeitos ao risco da falta de energia, que culmina para parada de suas operações. No Brasil, cerca de 80% das organizações possuem data centers próprios para armazenar suas aplicações críticas, segundo a IDC. Porém, grande parte delas não está preparada para suportar períodos de interrupções no fornecimento energético. Além disso, uma sala de servidores consome muita energia, fazendo com que a empresa destine uma grande parcela de seus recursos financeiros para o pagamento da mesma.

Cloud em prol da eficiência energética
Esse cenário desafiador será impulsionado pelo aumento da competitividade em todos os segmentos do mercado, e pela necessidade de menor latência e maior agilidade de dados e aplicações. Portanto, cloud e eficiência energética são conceitos que caminham juntos na pauta dos gestores de TI, bem como o seu modelo de Infraestrutura como Serviço (IaaS). E para exemplificar a eficiência em custos que a cloud agrega no dia a dia das empresas, basta citar a eliminação de investimentos na aquisição de ativos de TI, que possuem um custo altíssimo, tais como servidores e softwares básicos, e o corte dos custos de energia do centro de processamento interno. Assim, os recursos financeiros são direcionados para o Core Business do negócio. Além disso, essa solução auxiliará na mitigação de possíveis riscos e proteção dos seus sistema de missão crítica, garantindo alta disponibilidade e continuidade das operações do negócio.

E você, já está preparado para a crise energética? Que medidas está adotando para reduzir custos e garantir a continuidade do seu negócio? Conte para a gente!

Fonte: skyone
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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