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Celular no trânsito causa 1,3 milhão de acidentes por ano

  




Estica o braço, pega o celular, dá uma olhadinha, digita a senha. Olha para frente, volta para o celular, solta um pouquinho o volante, começa a escrever. Olha para frente de novo e não deu tempo de frear.

Foi assim com o Paulo, universitário que bateu o carro no poste enquanto mexia no celular.

Sonora: "Acaba saindo de um retorno assim, mexendo no celular, vendo mensagem eletrônica. E, então, eu perdi a atenção e acabei batendo num poste. Eu fiz besteira, eu estava vendo texto enquanto dirigia."

O estudante não é o único. De acordo com o seguro Dpvat, pago em caso de morte ou invalidez, são registrados cerca de 1,3 milhão de acidentes por ano relacionados ao uso do celular. Os dados também mostram que 80% dos motoristas admitem que utilizam o aparelho ou outras tecnologias que geram distração enquanto dirigem.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, do início do ano até agora, foram aplicadas mais de 10.500 multas em todo o país pelo uso de celular ao volante.

Dados de uma pesquisa realizada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária apontam que 98% dos acidentes de trânsito são causados por erro ou negligência humana. Em primeiro lugar no ranking está a prática de fazer ligações ou mandar mensagens enquanto dirige.

Nas ruas, a população reconhece que a infração é muito comum.

Quem digita mensagem de texto ao volante tem 23 vezes mais chances de sofrer um acidente. Uma ligação aumenta o risco em seis vezes, de acordo com um estudo do Departamento de Transportes dos Estados Unidos.

A multa para quem for pego falando ao celular enquanto dirige é de R$ 85, além de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação.

O presidente da Ong Trânsito Amigo, Fernando Diniz, afirma que cabe ao cidadão reivindicar mudanças na lei para diminuir o índice de acidentes.

Sonora: "O cidadão brasileiro tem que definir qual tipo de trânsito que ele acha que pode conviver. Se é esse que está ai, matando de forma indiscriminada, ou aquele que ele tem que pedir, reivindicar mudanças seja em código brasileiro, seja no código penal para que a gente possa imediatamente impedir ou diminuir esse número de mortes e inocentes e de que nossos filhos não morram presos às ferragens de um carro".

Usar fone de ouvido ou dispositivos de alto falante no carro também são prejudiciais, porque comprometem a atenção do motorista.

Os cuidados com o uso do celular devem ser observados também pelos pedestres. A distração pode aumentar o risco de atropelamentos.

Fonte: EBC Rádio Agência Nacional
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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