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Companhias comemoram fim do impasse

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O mercado reagiu bem à renovação do contrato das empresas eletrointensivas do Nordeste com a Chesf. A petroquímica Braskem classificou o acordo ontem como "o melhor possível diante da atual conjuntura". Carlos Fadigas, presidente da companhia, disse em nota que os termos permitem que a indústria da região dê continuidade a suas operações.

O executivo ainda afirmou que a criação de um fundo para investimento em geração de energia na região traz uma "solução estruturante e de longo prazo para o desenvolvimento industrial", tanto no Nordeste como no resto do país.

Para Christophe Akli, presidente da produtora de cobre refinado Paranapanema, o aumento dos custos com energia decorrente do reajuste no contrato vai ser ofuscado pelos investimentos em energia garantidos. O setor energético demanda grandes volumes do metal, o que pode aumentar as receitas da empresa e segurar as margens.

Em entrevista ao Valor, o executivo-chefe do grupo esclareceu ainda que a alta anual prevista de R$ 12 milhões durante os próximos 5,5 anos em gastos com energia pode ser compensada por cortes nos fretes marítimos para exportação dos produtos, após a renegociação recente de contratos.

Sobre o Fundo de Energia do Nordeste (FEN), que será utilizado para aplicar recursos em energia durante a extensão do contrato, Akli afirmou que investir apenas em energia eólica e solar, como chegou a ser especulado, não é suficiente. "Eólica tem de entrar apenas como uma parte desse mix, energia firme é necessária e vem de hidrelétrica e termelétrica", declarou o executivo-chefe da companhia. "Energia eólica e solar são importantes, inclusive do ponto de vista ambiental, mas são complementares."

A unidade de Dias d'Ávila da Paranapanema, na Bahia, vai pagar em média R$ 154 por MWh durante os próximos anos, já considerando a divisão de 70% da energia advinda da Chesf e o restante, do mercado livre. Akli considerou esses termos "fantásticos".

As ações das companhias beneficiadas pelo acordo terminaram o pregão de ontem em alta. O papel preferencial de classe A da Braskem, que é o mais negociado, subiu 3,21%, para R$ 12,58. Os ativos PNA da Vale avançaram 0,89%, negociados em R$ 17,06. A Ferbasa viu suas ações ganharem 9,76%, para R$ 8,55, enquanto os papéis da Paranapanema terminaram estáveis, em R$ 3,96.

Fonte:Valor Econômico
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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