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Incubadora da UFG cria capacete com detector de eletricidade

Dispositivo de segurança tem funcionalidade garantida como instrumento de segurança permanente para trabalhadores do setor elétrico


O alto índice de acidentes graves no setor elétrico brasileiro motivou projeto para desenvolvimento de um capacete com sensor para detecção de tensão elétrica, que sinaliza com um alarme a presença de redes de baixa, média e alta tensão, em atividade. O equipamento de segurança resulta de projeto estabelecido há mais de um ano no Centro de Empreendimentos e Incubação (Proine) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e recebeu o nome de “Capacete Detector de Tensão por Campo ou Aproximação”.

O objetivo é contribuir com a segurança permanente dos trabalhadores da área, expostos a graves acidentes que podem resultar em queimaduras, amputações e óbitos. Assim, sairiam da zona de risco para uma zona controlada ou zona livre de riscos, explica o engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, idealizador da invenção, Anderson Cereza, que desenvolveu o equipamento de segurança juntamente com o estudante de Engenharia Elétrica da UFG, Pedro Schaitl Souza.

De acordo com Souza, que projetou, executou e programou o dispositivo, “os detectores tradicionais tem de 20 a 25 componentes eletrônicos e que esse tem nove, além da vantagem de ser micro processado, ou seja, oferece toda a lógica operacional para garantir a segurança do trabalhador da área”. De tamanho aproximado a um sabonete retangular, o custo do dispositivo é em torno de R$20,00.

Em 2015, testes de campo foram feitos, com sucesso, junto a equipes da Celg, em Goiânia, em rede de média tensão. Comprovada a sua funcionalidade, o dispositivo passa agora por testes exigidos pela legislação e por aperfeiçoamento, a fim de reduzir ainda mais o seu tamanho, para torná-lo comercializável. A equipe aguarda a chegada de um aparelho programador de micros controladores de tamanho reduzido, que possibilitará a criação de um chip.

Cinco milhões de usuários

O próximo passo é a realização de novos testes em diferentes regiões do país. De acordo com os criadores do Capacete Detector de Tensão, há um mercado estimado de cinco milhões de pessoas para o produto, entre trabalhadores das companhias de transmissão, fábrica, indústria e autônomos. Ao estudar as causas dos acidentes, Cereza verificou que os maiores erros residem na manobra, na comunicação e na autoconfiança excessiva, no entanto, explica que, independentemente dessas falhas, como eletricidade não se vê, ela só pode ser detectada com segurança por meio de aparelhos.



Pedro Schaitl Souza é aluno do curso de Engenharia Elétrica e
Anderson Cereza, engenheiro eletricista

Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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