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Energia 7% mais barata

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As contas de luz devem ficar 7% mais baratas em março. Ontem, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu desligar as usinas térmicas com custo de geração de energia acima de R$ 420 por megawatt-hora (MWh), depois de avaliar que a situação dos reservatórios das hidrelétricas está mais favorável. A medida permitirá que, no mês que vem, seja adotada a bandeira tarifária amarela, em vez da vermelha. Isso significa que o acréscimo cobrado nas tarifas cairá dos atuais R$ 3 para R$ 1,50 a cada 100 quilowatts consumidos.

Além da troca da bandeira tarifária, as faturas de energia vão ser reduzidas por causa do corte de quase R$ 6 bilhões no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo setorial cobrado nas contas, determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, estimou que a mudança na bandeira vai permitir uma redução do custos do setor elétrico de R$ 720 milhões por mês em 2016. Ele disse, ainda, que é possível que, em abril, seja adotada a bandeira verde, pela qual não é cobrado nenhum adicional na conta de luz. “Ainda não é prudente anunciar, mas estudos mostram que essa é uma possibilidade real”, afirmou.

Efeito pequeno

Conforme especialistas, porém, o recuo nas tarifas de energia elétrica será muito pequeno para provocar uma queda relevante, neste ano, nos indicadores de inflação. Pelos cálculos de André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), cada 1% de corte na tarifa representa 0,04 ponto percentual a menos nos índices de custo de vida.

Portanto, os 7% previstos com as recentes medidas representarão um recuo de 0,28 ponto percentual na carestia. “Isso é pouco se for levado em consideração que as tarifas de energia elétrica já foram majoradas em 51% em média, no ano passado, e que cada distribuidora tem sua revisão anual de 2016 por fazer”, disse o especialista.

Na revisão anual de tarifas, os valores sobrados pelas empresas dos consumidores são reavaliados pela Aneel tendo em vista fatores como o custo da energia e o reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos.

Os novos reajustes, emendou Braz, ainda devem levar em conta a inflação do ano passado, que alcançou 10,67% na medição feita por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para se ter uma ideia das revisões que estão por vir, a Energisa Borborema, distribuidora que atende o Estado da Paraíba, que teve seu reajuste anual autorizado pela Aneel nesta semana, poderá praticar aumentos com efeito médio para o consumidor de 6,91%, a partir de hoje.

Fonte: Correio Braziliense
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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