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BNDES lança fundo Criatec 3, que investirá R$ 200 milhões em pequenas empresas inovadoras

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) planeja investir cerca de R$ 200 milhões em novas empresas inovadoras. Será a terceira etapa do fundo Criatec, que na primeira fase financiou 36 empresas e realizou, entre 2008 e 2014, aportes de R$ 68 milhões Na segunda fase, entre 2014 e 2015, foram desembolsados R$ 20 milhões. A ampliação da linha de financiamento será anunciada hoje.

Em janeiro de 2007, quando foi criado, o Criatec contava com R$ 100 milhões - R$ 80 milhões da BNDESPar e R$ 20 milhões do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Nove anos depois, pelo menos dez empresas, entre elas bancos regionais e companhias privadas, demonstraram interesse em ser cotistas do fundo. Segundo o gerente de capital empreendedor do BNDES, Filipe Borsato da Silva, o crescimento médio do faturamento das empresas financiadas pelo Criatec chega a 30% ao ano.

O Criatec foi pensado com a finalidade de capitalizar micro e pequenas empresas inovadoras. Segundo o BNDES, as empresas que receberam investimentos do Criatec criaram 857 produtos - 108 foram lançados em 2014 e outros 50 no primeiro semestre de 2015. Na visão de Filipe Borsato, "o primeiro fundo teve sucesso e acabou tendo mais investidores interessados, e isso explica o crescimento".

Nessa terceira etapa, o Criatec investirá prioritariamente nos setores de tecnologia de informação e comunicação (TIC), agronegócios, nanotecnologia, biotecnologia e novos materiais. Na primeira fase, informou o gerente do BNDES, quase 70% das "startups" beneficiadas vieram do segmento de novas tecnologias. Agora, o BNDES vai passar os próximos quatro anos em buscas de novas empresas para formar a carteira de 36 projetos.

A gestora do fundo será a Inseed, que também estava à frente dos investimentos no primeiro Criatec. É dela a responsabilidade de selecionar os projetos, acompanhar o desenvolvimento das companhias e decidir o momento de se desfazer do investimento. Cerca de 2,5 mil empresas deverão ser analisadas para seleção de 36 ideias. "Buscamos empresas com forte inovação, que resolvam problemas de mercado de forma clara e relevante", afirmou o diretor da Inseed, Gustavo Junqueira.

O número de companhias nascentes beneficiadas pelo Criatec será o mesmo da primeira edição, mas o BNDES deve ampliar o valor destinado a cada um dos selecionados. "Quando a empresa cresce rapidamente, precisa de agilidade para receber investimentos. Percebemos que era importante ter maiores recursos de volume por empresas", disse Junqueira. As empresas que receberam investimentos pelo fundo do BNDES já requereram 37 patentes no Brasil, e 9 no exterior.

Prioridades serão os setores de nanotecnologia, tecnologia da informação, biotecnologia, agronegócios e novos materiais

Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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