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ThyssenKrupp amplia fábrica de rolamentos para atender eólicas

 produção de rolamentos da fábrica de Diadema (SP)

Na esteira da consolidação da energia eólica na matriz brasileira, a ThyssenKrupp expandiu a capacidade de produção de rolamentos da fábrica de Diadema (SP) para atender o setor. A companhia investiu R$ 35 milhões e aumentou em 30% o quadro de funcionários. Após a expansão, o grupo atingiu volume de produção para atender cerca de 1GW (gigawatt) de capacidade instalada de geração de energia. Isso equivale a metade da demanda nacional, por ano, do setor de energia eólica. No médio prazo, a expectativa é de que o segmento de geração eólica fique em torno de 2GW a cada ano.

Para 2016, o presidente da unidade Bearings (rolamentos) da ThyssenKrupp no Brasil, Sergio Guerreiro, informa que a capacidade da fábrica já está completamente tomada por pedidos. Até por isso, a base brasileira de rolamentos não tem focado na exportação dos equipamentos, apesar do câmbio favorável.

O foco da empresa é o mercado interno. A decisão de expandir a fábrica foi tomada cerca de três anos atrás e no segundo semestre do ano passado a empresa se viu apta a atender à demanda, em alta há vários anos.

O grupo alemão, com atuação nos negócios de componentes automotivos, elevadores, siderurgia e equipamentos industriais, fabrica na região do ABC paulista rolamentos de grande porte utilizados tanto pelo setor de energia eólica quanto de infraestrutura, como guindastes, escavadeiras e plataformas de petróleo.

É a energia renovável, porém, que ocupa maior volume da produção da companhia. "Os outros segmentos estão acompanhando o momento da economia brasileira", explicou Guerreiro.

A empresa tem capacidade para produzir rolamentos de até 3,5 metros de diâmetro. A expansão integra o plano de investimentos do grupo para o Brasil, de R$ 2 bilhões, previsto para ser realizado até 2020.

No ano fiscal encerrado em setembro, a ThyssenKrupp registrou receita de R$ 9,9 bilhões no Brasil - crescimento de 7% em relação ao exercício anterior. A empresa não revelou a fatia ocupada pela unidade de rolamentos no faturamento total do país no exercício fiscal 2014/2015. Cerca de 70% do resultado é proveniente das duas maiores áreas de negócios do grupo: siderurgia e elevadores.

Enquanto a indústria como um todo amarga um clima de desaquecimento, a ThyssenKrupp se posiciona como parte de um grupo de empresas que têm conseguido aproveitar as oportunidades geradas pelos investimentos em energia renovável que estão sendo realizados no Brasil.

Segundo o executivo, é a oportunidade de aproveitar as demandas geradas pela diversificação da matriz energética do país.

O Plano Decenal de Energia, do Ministério de Minas e Energia (MME), prevê que até 2023 a energia eólica passe a representar 8,1% da matriz, ante 1,1% no fim de 2014. Para o período, a expansão prevista é de 20 GW.

Fonte: Valor Econômico
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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