MTEC Energia

O maior projeto de iluminação do mundo



O potencial das cidades conectadas marcou presença mais uma vez na Futurecom. No penúltimo dia do evento, o Tribunal de Contas do Município (TCM) autorizou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a retomar licitação para o novo sistema de iluminação pública de São Paulo, suspensa em junho e que prevê a troca de 620 mil lâmpadas por outras de LED e criação de mais 76 mil pontos de iluminação na cidade - o valor do negócio é estimado em R$ 7,3 bilhões. "Pode se tornar o maior projeto do mundo deste tipo", diz o presidente da Qualcomm América Latina, Rafael Steinhauser.

Um dos atrativos do projeto, além da economia, é a possibilidade de gerar receitas acessórias para as empresas vencedoras. De acordo com Sérgio Binda, da GE, o sistema permitirá eliminar consumo equivalente ao de uma cidade do porte de Florianópolis. "O objeto do edital prevê sistema de iluminação pública, telegestão e gerenciamento energético. Existem oportunidades em funcionalidades inerentes a cidades inteligentes como acessórios", aponta.

Durante o evento, foi anunciado ainda o Desafio IoT, iniciativa do CPqD, do Instituto de Tecnologia de Software (ITS) e do Fórum Brasileiro de IoT para estimular o empreendedorismo no segmento com soluções para cidades inteligentes. O tema também embasou a presença de expositoras como Promon e Ericsson. A Promon apresentou soluções de IoT no ambiente urbano montando uma minicidade conectada com funcionalidades como a integração de diferentes tipos de sensores para monitorar a qualidade do ambiente, lixeiras e bueiros que alertam sobre limite de capacidade e necessidade de limpeza e sensor de ruído com analytics capaz de identificar ocorrência de acidente de trânsito, tiro ou explosão.

A Ericsson levou sua solução de transporte desenvolvida com Volvo Bus para a cidade de Goiânia, que permite acompanhamento de 1,3 mil veículos e mais de 6 mil pontos por meio da internet e aplicativos para smartphones. "Cada cidade tem uma necessidade. Não dá para ter uma solução de prateleira", avalia Alberto Oliveira, diretor da Ericsson.

A transversalidade é um dos desafios apontados no caminho das cidades digitais. Outro, a limitação do poder público municipal de olho no voto. Para Luis Alexandre Garcia, presidente do grupo Algar, a visão verticalizada por meio de secretarias estanques dificulta a adoção de projetos abrangentes. "Precisamos de uma legislação que permita criatividade e ganho de eficiência", avalia. Para ele, o financiamento de projetos pode ser facilitado pelas Parcerias Público-Privadas.

A cidade de Águas de São Pedro, que há quase dois anos adotou projetos de smart city, resolveu a questão da perenidade inserindo a questão tecnológica em seu plano diretor. Com ajuda de parceiros como Telefonica Vivo e Huwaei, a cidade conta hoje com tecnologias como sensores de vagas de estacionamento (alimentados por energia solar) e cadastramento biométrico no uso dos serviços de saúde.

Fonte: Valor Econômico
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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