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Gasolina e luz devem subir mais este ano

Banco Central projeta alta de 15% e de 51,7% para o combustível e a energia elétrica, respectivamente. Previsão é de elevação de 5,8% nas tarifas em 2016


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O consumidor precisa preparar o bolso porque as tarifas administradas pelo governo devem aumentar ainda mais até dezembro. Pelas contas do Banco Central, os preços controlados pelo Executivo vão subir 16,9%, ante uma previsão de alta de 15,2% em setembro. A elevação das expectativas da autoridade tem como base a estimativa de que em 2015 a gasolina encarecerá 15%, o gás de botijão 19,9% e a energia elétrica 51,7%.

Para 2016, a autoridade monetária calcula uma variação de 5,8%. Todas as projeções fazem parte da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

A disparada das tarifas administradas neste ano ocorreu porque o governo Dilma Rousseff, durante todo o primeiro mandato, represou os reajustes para segurar a inflação, que já dava sinais de descontrole. A leniência no combate a carestia era vista pelo Executivo como uma forma de impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB). Mas o que ocorreu foi exatamente o contrário. Ano a ano, a geração de riquezas no país desabou, os gastos públicos aumentaram e a dívida do país chegou ao nível de países em crise, próxima de 70% do PIB.

Conforme o índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até outubro, a gasolina encareceu 11,3% - Após a Petrobras anunciar o último reajuste, em 29 de setembro, os postos de combustível não esperaram os estoques acabarem para alterar o valor nos letreiros. No caso do gás em botijão, o IPCA já acumula variação de 20,81%, acima da projeção do BC, e a energia elétrica elevação de 48,91%.

Variações
Na avaliação do economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira, os reajustes da energia elétrica ocorreram em maior intensidade no início do ano e não devem exercer uma pressão tão elevada no próximo ano. Entretanto, para ele, a conta de luz pode voltar a subir se o volume de chuvas não for suficiente para encher os reservatórios e obrigar o governo a religar termelétricas. "A geração térmica é mais cara e isso é repassado para os consumidores. Apesar disso, a estimativa do BC de que os preços administrados devem variar 5,8% está em linha com as expectativas do mercado", comentou.

Para o economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho, a inflação de preços administrados ainda será uma dor de cabeça para os consumidores. Nas contas dele, as tarifas e os serviços controlados pelo Executivo tendem a subir 10% no próximo ano.

Fonte: Correio Braziliense
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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