MTEC Energia

Cemig busca novo sócio na Light e descarta Celg

A mineira detém 26% da carioca, além de uma participação indireta por meio da Parati, um veículo de investimento que tem como sócia a Redentor Energia


A estatal mineira de energia Cemig está em busca de um novo sócio na holding de energia Light, que controla a distribuidora de eletricidade responsável pelo fornecimento no Rio de Janeiro e tem ativos em geração, informou o diretor de Relações Institucionais da Cemig, Luiz Fernando Rolla.

A Cemig possui 26% da Light, além de uma participação indireta por meio da Parati, um veículo de investimento que tem como sócia a Redentor Energia, que comunicou na semana passada que vai exercer uma opção de venda de sua fatia na elétrica.

Pelas regras do acordo assinado entre as empresas, a Cemig deve comprar a parcela da Redentor ou encontrar outro interessado na aquisição.

O complexo arranjo por trás da participação da Cemig na Light por meio da Parati tem como objetivo possibilitar que a holding mineira controle a empresa sem que esta se torne também uma estatal, e a Cemig já busca interessados na parcela da Redentor para manter esse formato, explicou o diretor da Cemig.

"O interesse nosso é manter essa estrutura funcionando, porque dá muito mais agilidade na gestão. Vamos continuar seguindo essa alternativa, seja com os investidores atuais, seja com novos investidores. Estamos buscando a melhor alternativa para que, quando ocorrer
o vencimento da opção de venda pela Redentor tenhamos condição de substituir aqueles que quiserem sair do projeto", afirmou Rolla.

Ao comentar oportunidades de negócios para a Cemig, Rolla destacou o interesse em aquisições em geração e transmissão, mas praticamente descartou a entrada da Cemig na disputa pela distribuidora de energia Celg, controlada pela Eletrobras, que o governo pretende vender até o final deste ano.

Ele disse que a Cemig, inclusive, chegou a estudar a compra da elétrica goiana no passado, mas não seguiu adiante pelo difícil quadro financeiro da Celg, que incluía elevado endividamento e inadimplência com obrigações no setor elétrico, e pela dificuldade de integrar as operações da companhia à suas atividades de distribuição, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. "O foco nosso é muito na região Sul-Sudeste", afirmou Rolla. Segundo ele, a Cemig irá avaliar o edital de venda da Celg quando este for oferecido, mas o negócio não está entre os de maior interesse neste momento.


Fonte: Jornal do Commercio (RJ) 
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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