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Governo federal bancará custo com reforço de energia nos Jogos

Instalação de rede redundante foi discutida com Dilma em reunião no Rio

Parque Olímpico do Jogos 2016 (crédito: Divulgação)

Um dos nós da preparação do Rio para os Jogos começou a ser desatado ontem, quando foi decidido, numa reunião entre a presidente Dilma Rousseff, o governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e dirigentes do Comitê Rio 2016, que o governo federal arcará com os custos de uma segunda rede de distribuição de energia para ser usada durante as Olimpíadas.

Para evitar qualquer risco de sobrecarga ou desabastecimento - uma falha que poderia afetar equipamentos eletrônicos usados na medição dos resultados de provas, inclusive no momento de disputas de medalha, por exemplo -, é necessário um sistema redundante de fornecimento de luz.

A estimativa de autoridades que trabalham no planejamento dos Jogos é que o valor para a implantação e o uso dessa rede exclusiva para os equipamentos olímpicos fique entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões. O investimento caberá agora à União.

A conta total do consumo de energia durante os Jogos deverá chegar a um valor ainda maior do que o previsto para a instalação do sistema, já que as arenas olímpicas permanecerão acesas 24 horas por dia durante as duas semanas de competições.

Ainda não foi resolvido de que forma o governo federal pagará pela instalação da rede. A definição fará parte do texto da legislação olímpica - o Palácio do Planalto ainda enviará ao Congresso um projeto de lei dos Jogos, assim como fez com a Lei Geral da Copa, realizada no ano passado. Entre as possibilidades estudadas, estão renúncia fiscal para a Light e o abatimento de eventuais dívidas tributárias da concessionária com a União.

ISENÇÃO PARA IMPORTAÇÕES

O governo federal aguarda ainda a aprovação pelo Congresso de uma medida provisória que dá isenção fiscal para a importação temporária de equipamentos usados nas Olimpíadas. O incentivo também foi tema do encontro de ontem entre Dilma, Pezão, Paes e representantes do Rio 2016 no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca.

Na saída da reunião, apenas a presidente falou com os jornalistas. Além de confirmar a nomeação de Luiza Trajano para o Conselho Público Olímpico, ela disse que as conversas com as autoridades do Rio e do comitê organizador deverão se tornar mais frequentes a partir de agora, a pouco mais de um ano do começo dos Jogos.

- Temos feito reuniões sistemáticas. São reuniões de trabalho. Não são reuniões para discutir questões mais gerais. Nós resolvemos os problemas acumulados ao longo do mês. O que tiver de problema, nós resolvemos. Nós não nos interessamos pelo que está bem feito. Queremos saber onde está o problema para resolvermos e termos a melhor Olimpíada - declarou a presidente.

Dilma falou sobre o legado que espera para a cidade e o país com os Jogos. Embora a organização da Copa do Mundo tenha sido, de maneira geral, bem avaliada, os benefícios deixados pelo evento foram bastante questionados, especialmente em relação aos altos investimentos nos estádios para atender às exigências da Fifa.

- Teremos as Olimpíadas com uma qualidade totalmente diferente e que serão capazes de deixar um legado antes, durante e depois de sua realização. Vamos dar ao mundo a visão de que o Brasil é capaz de organizar de forma eficiente e bela. Vamos deixar um legado não só de obras de infraestrutura na mobilidade urbana. Na esfera esportiva, vamos deixar um legado para os diferentes esportes, com os equipamentos que serão usados depois - disse.

Fonte: O Globo
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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