O governo espera concluir em março negociações para que o setor bancário libere um novo financiamento para as distribuidoras de energia elétrica cobrirem suas dívidas com operações no mercado de curto prazo realizadas em novembro e dezembro do ano passado, disse ontem o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Ele afirmou que o valor dessa dívida, inicialmente estimado em R$ 2,6 bilhões, passou para cerca de R$ 3,15 bilhões. A diferença se deve à incorporação de juros (taxa Selic) aos débitos e ao fechamento definitivo das contas.
Segundo Braga, na segunda-feira, em São Paulo, houve uma reunião com 12 dos bancos que já participaram, no ano passado, das outras duas operações de empréstimos às distribuidoras, num total de R$ 17,8 bilhões de reais. “As conversas avançaram. Em março encerra-se essa questão”, disse o ministro, após se reunir com a presidente Dilma Rousseff.
De acordo com Eduardo Braga, na reunião com os bancos tratou-se tanto do novo empréstimo como da proposta do governo de renegociar as condições dos financiamentos já assinados. O governo quer aumentar o prazo para o pagamento, de modo a aliviar o impacto do repasse às tarifas dos consumidores.
Sobre a situação do abastecimento de energia, Braga disse que as condições melhoraram, mas “o cenário ainda recomenda prudência e cautela”, considerando o nível dos reservatórios de hidrelétricas. Uma nova reunião com a presidente ocorrerá em 27 de março, perto do fim do período úmido, para uma nova avaliação.
