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DF tem primeira residência geradora de energia solar interligada à rede da CEB-D

No Distrito Federal, há duas unidades consumidoras com geradores fotovoltaicos interligados à rede de distribuição da CEB Distribuição (CEB-D): a embaixada da Itália e, agora, uma casa no Jardim Botânico. O objetivo é economizar na fatura de energia por meio de uma fonte limpa, abundante e renovável: o sol.

Resolução Normativa nº 482 de 2012, da Aneel, permite a instalação do sistema solar fotovoltaico e a utilização dessa energia exportada pelas concessionárias. Além das duas unidades em operação, quatro outros projetos já estão em andamento pela Companhia Energética de Brasília, que também se prepara, por meio da CEB Geração (CEB-G), para implementar o sistema no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

O primeiro gerador fotovoltaico do DF foi instalado, como projeto piloto, em janeiro de 2011, na Embaixada da Itália. A estrutura energética produz 50 KWp (quilowatts pico). Um terço da energia necessária para manter a unidade consumidora diariamente vem dos painéis fotovoltaicos.

Quando há excedente, a energia gerada é exportada à rede por meio de um medidor bidirecional que registra o fluxo de energia nos dois sentidos e, ao final do mês, faz o chamado “balanço energético”, registrando e energia consumida e a exportada, caso ocorra.

Neste mês de fevereiro, a CEB Distribuição (CEB-D) conectou ao seu sistema elétrico, a primeira unidade consumidora residencial, instalando dois medidores unidirecionais, sendo um medidor registrando a energia fornecida pela CEB-D, e o outro registrando a energia exportada. A unidade consumidora fica no Jardim Botânico e gera 2,8 KWp de energia por meio de uma usina fotovoltaica. Segundo Celso Nogueira, gerente de Normatização e Tecnologia da CEB-D, a expectativa é gerar no local em torno de 390 kWh/mês. A residência consome em média 560 kWh/mês.

Mas durante o dia, a geração fotovoltaica deve disponibilizar mais energia que o necessário para manter a residência. A energia excedente será exportada para a rede de distribuição da CEB-D. “A energia exportada, poderá ser compensada nas faturas seguintes no período máximo de 36 meses, inclusive em outra unidade consumidora do mesmo consumidor e da mesma Distribuidora”, explica Nogueira.

Para ter energia de forma contínua, a residência mantém-se ligada à rede de distribuição da CEB-D por meio do inversor de frequência. À noite e em dias nublados, quando a produção diminui, é a energia da concessionária que abastecerá a unidade consumidora.

A principal barreira para instalação de uma fonte fotovoltaica ainda é o custo, entre R$ 8 mil a R$ 10 mil por KWp Instalado. Além da relação custo/benefício, os interessados em implementar este tipo de gerador devem se inteirar do que prescreve a NTD 6.09 – CEB-D. Para a concessionária, Nogueira aponta duas vantagens principais: “A Possibilidade de desenvolver novas tecnologias e de diversificar a matriz energética do DF”.

Heliotérmico ou fotovoltaico

Há duas formas de aproveitamento da energia solar. A primeira já é amplamente utilizada no Brasil para aquecimento de água. É o sistema heliotérmico, que transforma a radiação solar em calor para a formação do vapor e conseqüente movimentação de uma turbina geradora. Já no sistema fotovoltaico, a energia solar incide sobre as placas solares de silício, transformando a energia solar em energia elétrica em corrente contínua, que passa pelos inversores de freqüência, transformando-se em corrente alternada, disponível para uso em geral.
Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação. Editor chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Jornalista e Diagramador - DRT 10580/DF. Sites: https://etormann.tk e https://atualidadepolitica.com.br

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